por Gabriela Santana
Passado quinze dias do Ciclo de
Palestras da Capoeira, reverbera em mim, os resultados dessa ação. Ação que demarcou
a necessidade de capoeiristas e inscritos na ação, de modo mais amplo,
discutirem suas dúvidas e seus posicionamentos diante os debates traçados ao
longo dos quatro dias de evento.
Observando o teor das discussões
e práticas que ali se deram, asseguro dizer que mesmo com temas distintos, a
necessidade de ser pensar a capoeira nos diversos espaços conquistados por ela,
do meio artístico até o meio acadêmico, ficou evidente e pulsante.
Estudar e praticar a capoeira
entre capoeiras, artistas, acadêmico(as), e muitas vezes entre pessoas que
desenvolvem essas diferentes “funções”, evidenciou ainda mais a importância de conversar,
conversar e conversar sobre o que pensamos; promovendo possibilidades de escuta,
diálogos e entendimentos sobre modos diferenciados de ver, sentir e
desenvolver a capoeira.
No exercício de compreender formas
tão diferentes de falar e de se posicionar, fizemos o exercício da ginga, da
negaça e da brincadeira, procurando entender o outro e respeitá-lo na
diferença, sem abrir mão do que constitui cada um na capoeiragem. Assim, acredito que a capoeira como expressão e
prática cultural se fortalece, denunciando a necessidade de reflexão sobre ela,
seja na universidade ou nos diferentes espaços em que ela é vivenciada.
Problemas e preocupações da
capoeira foram apontados e com isto, acredito que progredimos na consciência no
que diz respeito à existência de obstáculos e dos caminhos tomados por cada um,
em suas respectivas trajetórias com a capoeira.
Conhecemos um pouco mais sobre os
posicionamentos do que ali ousaram se colocar e jogar capoeira e, em meio a
tanto movimento, a comunidade acadêmica - professores, alunos, técnicos e
gestores - da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vão esbarrando,
conhecendo e dialogando cada vez mais com este universo.
Com isso, dilatamos espaços e redimensionamos ações dentro e fora da Universidade, compartilhando e pensando sobre o desenvolvimento da capoeira Pernambucana, movimento que contribui expressivamente para nossa história cultural e política.
Primeiro dia - 14 de abril
Fotos por Adolfo Songteria
Segundo dia - 15 de abril
Terceiro dia - 16 de abril
Quarto dia - 17 de abril